O que é uma crença?
Crença é uma convicção íntima de que algo é verdadeiro e certo. Algo que você acredita consciente ou inconscientemente, e com todas as fibras do seu ser, que seja uma verdade absoluta para a vida. É uma avaliação pessoal que determina a sua percepção da realidade. Ao ter uma crença sobre algo, você acredita que há uma certeza sobre ela. Isto não significa que a avaliação desta certeza corresponda à verdade, e sim a sua percepção da realidade.
Como uma crença se forma?
A conformação de uma crença nasce no interior da pessoa e é formada deste a infância. Nossas crenças são influenciadas por três principais fatores: pelos pais e família que nos transmitem suas experiências de dor e alegria, pelo mundo (sociedade, o que vemos na TV, internet, pelo que os outros falam sobre nós) e pelas nossas próprias reflexões e experiências. Deste modo, vamos formando nossos modelos mentais e percepções do mundo, entretanto, como disse acima e volto a enfatizar, nem sempre correspondem à realidade.
Tudo o que fazemos — as formas como pensamos, sentimos e agimos — é resultado de nossas crenças, e é justamente por isso que muitas pessoas agem de formas diferentes em situações idênticas.
Dois tipos de crenças: crenças abertas e crenças fechadas.
É possível distinguir as crenças abertas (que admitem discussão a partir de uma análise lógica e racional) das crenças fechadas (só podem ser discutidas por uma autoridade). No primeiro grupo, pode-se mencionar as crenças científicas, uma vez que qualquer indivíduo capaz de provar o contrário está em condições de refutar uma crença. Entre as crenças fechadas, as mais comuns são as crenças religiosas (que emanam de uma divindade e são administradas por uns poucos eleitos). Os princípios religiosos geralmente são firmes e estáveis, de maneira que os devotos de uma fé mantêm as mesmas crenças ao longo da vida.
Tanto no sentido pessoal como religioso, nossas crenças servem como critério de avaliação, no sentido de que julgamos ou avaliamos tudo aquilo que nos rodeia a partir de um critério estabelecido por nossas convicções. Em outras palavras, as crenças formam o nosso sistema de convicções.
Tudo o que abordarei daqui em diante está relacionado com as crenças abertas que muitos tratam como imutáveis e que por isso levam essas pessoas a funcionarem muito abaixo do que poderiam.
Entendendo as crenças e seus efeitos:
Charles Sanders Peirce foi um dos mais admirados filósofos americanos e considerado por muitos como o maior estudioso da lógica. Peirce diferenciou a crença, do estado de dúvida. Para ele, esses dois estados de mente são relativamente fáceis de distinguir. O estado de dúvida, observa ele, é “um estado irritante e insatisfatório, do qual lutamos para nos libertar”; diferentemente, o estado de crença “é calmo e satisfatório”. Não somente sentido um forte desejo de converter a dúvida em crença, mas chegamos a nos esforçar para manter as crenças que já temos, para evitar cair novamente em dúvida. Peirce escreveu:
As convicções têm o poder de criar e o poder de destruir.
A medida que se acredita em alguma coisa, o cérebro opera no piloto automático, filtrando qualquer dado externo do ambiente e procurando por referências para confirmar a sua convicção. A pessoa acredita sem nenhum questionamento de que algo seja verdade (mesmo que isso não tenha nada a ver com a realidade em si). Neste estado ela envia sinais congruentes para o cérebro, sem deixar nenhuma dúvida. Se você acredita em oportunidades, é isso que você encontrará em seu caminho. Se você acredita em limitações, de repente sua vida se torna limitada e sem perspectivas. Você crê em uma verdade e ela se torna real. Se você crê que a vida é difícil e complicada, ela se torna difícil e complicada. Isso acontece porque você está conectado com essa verdade e a vida te trará situações que sejam compatíveis com esta vibração. Precisamos aprender a nos conectar com aquilo que realmente queremos para nossas vidas.
Pense nisto ao longo desta semana e na próxima mensagem continuarei a abordar o tema sobre o poder das crenças.
Fique bem, um abraço e até breve. Evandro Mota.