A minha busca pela excelência começou há mais de quarenta anos e tem me beneficiado ao longo da vida. Quero nesta semana despertar em você a ideia desta busca que poderá fazer uma grande diferença na sua vida daqui em diante.
Meu primeiro contato com a ideia de excelência ocorreu no início da década de 80 quando ouvi na faculdade uma palestra sobre Qualidade Total (TQC). O termo japonês KAIZEN traduz o conceito que existe por trás da busca pela excelência. KAI significa mudança e ZEN significa melhor. A ideia da melhoria contínua me atraiu tanto que passei a aplica-la em mim como atleta. Naquela época tinha bolsa de estudos para jogar futebol de salão pela universidade onde cursei o curso de engenharia. E também disputava o campeonato carioca adulto da mesma modalidade pelo C.R. Vasco da Gama.
Aplicando a ideia da melhoria contínua passei a ter um melhor desempenho e este foi o ponto de partida do Treinamento de Mobilização de Grupo que desenvolvi e aplico até hoje em atletas, treinadores, times e seleções de diversas modalidades.
No novo DOM procuro mostrar os benefícios da aplicação das técnicas com o objetivo de nos melhorarmos o tempo todo em todas as áreas da vida. Cada vez estou mais convicto que o auto melhoramento é a única garantia de dias melhores.
O que é excelência?
Excelência, diferente do que a maioria pensa, não é a perfeição.
Constatei que a busca da excelência se divide em duas partes.
A primeira parte é praticar o KAISEN, ou seja, vivenciar a melhoria contínua. Transformá-la num hábito saudável. Fazer o seu melhor cada vez melhor significa ter um mantra pessoal que lhe acompanhe em tudo o que faz na vida. Que mantra é este? Experimente sempre se perguntar: existe uma maneira de fazer isto melhor? Você vai constatar, entre outras coisas, que o mundo a sua volta vai mudar com esta sua mudança. Faça isso nas pequenas coisas e constate os resultados. A excelência na execução de tarefas, num mundo onde as pessoas estão normalmente ligadas em fazer o QB (quanto basta), poderá lhe trazer muitos frutos e um grande diferencial competitivo.
A segunda parte da busca da excelência tem a ver com não repetir os mesmos erros. A repetição do mesmo erro mostra que a pessoa ainda não conseguiu aprender o suficiente para superar aquele estágio. Há alguns anos ouvi uma estorinha que ilustra esta situação. Um americano foi cantar no Scala de Milão. A emoção era grande e a plateia aguardava ansiosamente pela apresentação. Na hora marcada a apresentação começou e o americano soltou a voz. Ao término da primeira ária da ópera o público começou a gritar: “bis, bis, bis”. E o cantor americano pensou: normalmente os pedidos de bis são feitos no final e comigo já estão pedindo ainda no início. Quanta honra! Não vou continuar e sim repetir a primeira ária. E assim foi feito. Ao final desta repetição os pedidos de bis aumentaram e ele tornou a repetir a primeira ária. Isto se repetiu mais duas vezes e ele, exausto, perguntou à plateia: “Até quando vocês querem que eu cante esta ária?” E gritaram da plateia a resposta: “Até cantar certo! ” Pois então, eu aprendi há alguns anos que até cantar certo a vida pede bis.
Acredito que este planeta seja uma bela oportunidade para evoluirmos. E uma das melhores maneiras de atingirmos este propósito é praticando a busca pela excelência em si e em tudo o que fazemos. Experimente, evolua e se beneficie com a prática da melhoria contínua na sua vida!
Fique bem, um abraço e até breve. Evandro Mota.